terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Risotto Caprese

Oi pessoal, vamos quebrar o jejum antes do natal, pois depois tenho certeza que vamos bombar de receitas aqui no blog. Não teve nenhuma ocasião especial, foi só um domingo à noite e nada mais !!!

RISOTTO CAPRESE
50g de manteiga 1 cebola média picadinha 500g de arroz arbóreo 100ml de vinho branco seco 1 litro de caldo de frango 150g de queijo parmesão ralado 2 tomates grandes sem pele e sem semente em cubos 15 folhinhas de manjericão 400g de mussarela de búfala

PREPARO
Fiz na panela de ferro, derretendo a manteiga, colocando a cebola e refogando até murchar. Acrescenta o arroz e mexe até ele estar todo lambuzado pela manteiga. Adiciona o vinho. Mexe bem até que todo o líquido tenha sido absorvido pelo arroz. Deixa evaporar todo o álcool e começa a adicionar o caldo (que já deve estar quente) com uma concha. Espera até que o caldo esteja quase todo absorvido antes de adicionar apróxima concha. Eu gosto do arroz "al dente" e assim que ele parecer cremoso, coloca o parmesão ralado, mexa bem até derreter. Por último acrescenta os tomates em cubo, o manjericão e a mussarela de búfala. Mexa bem e sirva imediatamente.










Rendeu 4 porções. Este arroz é pra testar as habilidades, pois exige acompanhamento integral no preparo.
Boa brincadeira na cozinha !!!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Camelo Carmelo novamente!

Pessoal, hoje temos a ilustre participação do Camelo Carmelo, mais uma vez! Ele anda se exibindo, quer mesmo impressionar a Camela Camila, que mora na Toca dos Gnomos. O rapaz é audacioso!
.
Confiram abaixo, e bom proveito!
.

Camelo Carmelo is back again...

Camelo Carmelo sabe das coisas. Investe tempo e espaço para conquistar os convivas pela boca - e, principalmente, a Camela Camila. Para ele, não existem limitações. Difícil, complicado e trabalhoso são adjetivos que não o assustam. Entrega-se de corpo, alma e corcovas em qualquer sugestão que se apresente. Tão exótico quanto ele só o prato que preparou para um almoço de domingo. Risoto de camarão com morangos e champagne. Isso mesmo. Pode parecer estranho e talvez incompatível, mas a preparação de tudo ao mesmo tempo agora surpreende até os mais desconfiados. Aqui, Camelo Carmelo pede licença para revelar esse segredo culinário:

CALDO DE LEGUMES
(1 ½ litro)

Ingredientes:
3 litros de água fria
100g de cenoura, 100 g de salsão (ou aipo, melhor salsão), 100g de cebola (tudo em pedaços médios)
Óleo (apenas o suficiente para cobrir o fundo da panela)
Obs. Pode-se adicionar junto ao caldo, para dar mais aroma e sabor: salsinha (talo), louro, tomilho, alho, pimenta em grão e cravo. (cuidado com o cravo, usar pequena quantidade! O gosto é forte)

Modo de preparo:
Esquente o óleo e doure os legumes. Deixe refogar alguns minutos. Acrescente a água fria e deixe ferver. Em seguida, abaixe o fogo e cozinhe o caldo com a panela tampada por 90 minutos. Retire do fogo, coe e reserve.

Segredo da chef Maria Gotinha: O caldo deve ser feito em casa. É possível fazê-lo com caldo Knorr, mas fica BEM MELHOR com caldo no estilo home-made. O mesmo vale para o suco de laranja. Dá para usar o de caixinha, mas o natural (com gominhos) vale mais a pena.


RISOTTO DE CAMARÃO E MORANGO COM CHAMPAGNE

Ingredientes:
1 colher (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de azeite
1 colher (sopa) de cebola picada
320g de arroz arbóreo
20 camarões rosa médios previamente cozidos de 2 a 3 minutos em água fervente
100 ml de suco de laranja
1 1/2l de caldo de legumes caseiro, fervente
100 ml de champagne
100g de queijo parmesão ralado na hora
20 morangos pequenos
Sal
Pimenta do reino

Modo de preparo:
Derreta a manteiga e acrescente o azeite. Refogue a cebola picada até ficar transparente. Adicione o arroz e frite por um minuto. Deglaceie com a champagne e deixe que evapore o álcool. Acrescente aos poucos o caldo e o suco de laranja quente ao risotto e repita a operação durante 18 a 20 minutos. No final do cozimento, acrescente os camarões. Acrescente o parmesão e os morangos. Prove o sabor do risotto e acerte o sal (se necessário) e em seguida teste o ponto do cozimento. Deve estar “Al dente”. Sirva em seguida.

Segredo da chef Maria Gotinha: Use uma champagne decente. Não tem problema nem desperdício. Afinal, sobrarão quase dois terços dela, que serão devidamente sorvidos pelos convivas ao longo do almoço. Foi escolhida uma Mumm brut Cuvée Réserve.


Camelo Carmelo nasceu nas Arábias. Aprendeu a arte da gastronomia de tão curioso que é. Mudou-se para o Brasil no início dos anos 90, quando soube que a culinária brasileira está entre as mais criativas do mundo. É verdade também que tinha uma certa vontade de saber o que a brasileira tem. Mas isso é outra história.


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

COMO COMEÇOU O DISCO DE ARADO

Adoro nosso blog culinário, adoro o que a culinária nos proporciona, adoro tudo que há em volta da culinária. Essa semana reflexões me surgiram por causa de uma simples (nem tão simples) chapa de ferro para churrasqueira. Fui refogar algumas carnes e legumes e os anciões lá de casa começaram a contar histórias do tempo em que faziam coisas similares com o DISCO DE ARADO nas fazendas das familias. Foi tanta falácia, que me fizeram pensar a respeito e resolvi procurar coisas sobre o assunto.

Descobri que o primeiro churrasco de que se tem registro foi feito por um gaudério chamado Nóe, o da Arca mesmo. Conta o texto sagrado que ele assou numa gigantesca fogueira as aves e reses que boiaram com ele por 40 dias e noites. Até hoje não se sabe por que, mas ficou tão bom, que com o cheiro suave que exalava o prato, o Grande Criador inspirou-se e estabeleceu as estações do ano.

Outra história interessante aconteceu no tempo dos Jesuítas. No final do séc. 17 um padre austríaco resolveu recompensar um índio e sua família por seu trabalho prestado e deu a ele um boi e um arado. O índio velho não teve dúvidas, desmontou o arado para começar o fogo e fazer os espetos, carneou o boi e tocou no fogo. Segundo a narrativa do padre aconteceu assim: "O índio cravou os pedaços do boi em espetos e enfiou-os no chão. Quando um lado tostava, ele virava o espeto. E ia tirando lascas do lado bom, seguido pela mulher e pelas crianças". Apesar de escandalizado o padre não pode deixar de descrever a alegria dos pequenos, com as bochechas e os dedos escorrendo a gordura. A curiosidade foi tante que resolveu também provar uma das lascas... agauchou-se logo de primeira !!! E usou a cerimônia muitas vezes para conseguir a atenção de outros índios a quem queria cativar. Ele complementa o relato contanto que durante a noite, depois que já estavam todos deitados e a função acabada, viu algo curioso. A mulher do índio com algum desejo ou por pura gula, pediu ao homem que lhe servisse mais. Prontamente o xirú missioneiro pegou os pedaços que haviam sobrado, colocou em cima do disco de arado e tocou direto na brasa. O padre pediu perdão o resto da noite, pois vendo a cena da esposa se deliciando com os pedaços requentados, pecou a noite toda pensando na gula que queria praticar.
Foram mais ou menos assim as histórias contadas pelos anciãos lá em casa.

O REFOGADO:
1,5 kg de coração

500gr de linguicinha fininha cortada em rodelas (rende bastante)
5 cebolas grandes cortadas em rodelas
600gr de tomate cereja cortados ao meio
Azeitinho de oliva ou manteiga
Sal e pimenta a gosto

Como sempre, um prato fácil de fazer, mas com um segredinho. O tempo para colocar os ingredientes. Depois que a chapa estiver bem quente e com azeite ou manteiga:

- Coloca o coração, que leva mais tempo que todos os outros ingrdientes, para assar. Pode deixar tranquilamente uns 7 ou 8min antes de colocar a cebola. Fica sempre mexendo no refogado para assar parelho. A cebola é colocada por segundo. Deixa poucos minutos e um pouco antes de dourar coloca a linguicinha. Esta é rápida, dá uns 2 a 3min pra ela (sempre mexendo) e coloca o tomatinho cereja. A partir daí deve-se mexer com mais cuidado, pois o tomate cereja pode se desmanchar. Em cada etapa coloca e mede o sal e no final a pimentinha. A menos que a tua chapa ou o teu arado sejam muuuuuuuuuuito grande, não coloca tudo de uma vez. Esse prato é pra ser curtido e feito aos poucos. Essa quantidade deu 4 rodadas fartas para 10 pessoas.

Como a chapa já estava quente aproveitei para cortar uma picanha em lascas e fiz ali também com um pouco de sal e algumas ervas. Acompanhou dois Malbecs.

Espero que tenham gostado dos causos e da receita.
Fuuuuuuuuuuuuuiiii !!!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

COINCIDÊNCIA DE LIMÃO

Nosso primeiro texto a quatro mãos: Gnomo & Sandro

Gnomo:

Coincidência
(coincidir + -ência)

1. Ato de coincidir.

2. Simultaneidade de diversos acontecimentos.

O post a seguir é uma mera coincidência de sabores escolhidos por mim e o companheiro de cozinha Sandro, elaborados simultaneamente em diferentes ocasiões.

Isso me fez refletir em algumas situações que acontecem essas casualidades. Mais uma vez, me vem à memória o Sandro (de novo) com a mesma roupa que eu, um terno sob medida Tevah, preto, igualzinho ao que eu estava na festa de casamento de algum amigo nosso. Ainda bem que somos do sexo masculino e, claro, não ligamos para este tipo de coisa. Todo mundo já deve ter visto a expressão de uma mulher quando chega numa festa e encontra outra com o mesmo vestido! PUTZ! Estraga a noite dela, e se a outra for mais magra entãoooooooo!!!

Este final de semana aconteceu de novo! Liguei para o Sandro e foi mais ou menos assim:

Eu: E aí mano, tudo bem? Como foram as aventuras gastronômicas do findi?


Sandro: Nada de mais... fui fazer uma massinha com molho de limão na casa dos meus sogros.

Eu: Peraí, massa com limão fiz eu, aqui em casa! Mas a minha é com limão Siciliano.

Sandro: A minha também! E aí, como foi?

E assim se seguiu nossa conversa...

MASSA AO LIMÃO (GNOMO)

- 500gr de massa (fusilli, penne ou gravatinha)

- 2 limões sicilianos

- 150gr a 200gr de queijo parmesão (peça)

- 2 cremes de leite

- 100gr de manteiga

- Sal e pimenta a gosto

* Porção 4 pessoas

Como sempre minhas receitas são rápidas e práticas. Deixa já pronto as raspas da casca dos 2 limões, 2 colheres de sopa do suco do limão e o parmesão ralado grosso para ajudar a derreter. Prepara a massa e quando ela estiver quase pronta faz o molho: Derrete a manteiga em fogo baixo para não queimar, coloca as raspas, o requeijão e mistura um pouco (30s). Coloca o suco do limão siciliano e mistura bem até ficar homogêneo. Quando tudo estiver quente coloca o queijo e mistura bem. Desliga e deixa os ingredientes trabalhando enquanto escorre a massa, toca em cima e vai pro abraço.

Pra quem ficou curioso, digo que a massa fica deliciosamente saborosa como se fosse um queijo de limão. O gostinho do parmesão com o toque da pimenta e o frutal do limão. Bárbaro, eu adoreeeeeeeiiiii !!! Até teve um filezinho de porco no forno só pra acompanhar, tadinho.

SANDRO:

Bem, a minha receita começou com a minha sogra dizendo que tinha comprado um macarrão uruguaio com manjericão. Sim, a massa também é fusilli, como a do Gnomo, mas verde do manjericão. E as coincidências não param por aí. Quando ela me disse para pensar em um molho para prepararmos essa massa, a primeira coisa que me veio na cabeça foi usar o limão siciliano e o queijo parmesão como base, para fazer um molho leve, onde a massa pudesse ser percebida.


Até aí, eu e o Gnomo estávamos em perfeita sintonia nas ideias. A partir desse ponto que tomamos caminhos diferentes. Coloquei também umas castanhas-do-pará, um pouco de vinho branco e um pouco de alho refogado. Gostei do resultado, mas acho que teria ficado melhor sem alho. Vou passar a receita exatamente como a preparei, mas já dando a sugestão: deixem o alho de lado, acho que não precisa.

  • 1 colher de sopa de alho picado.
  • 15 castanhas-do-pará picadas grosseiramente.
  • Suco de um limão siciliano expremido.
  • 1 copo de vinho branco.
  • Casca ralada de dois limões sicilianos.
  • 150g de queijo parmesão ralado.
  • Um pacote de 500g de macarrão Las Acacias 'con Albahaca'.
Rendimento: quatro bocas comportadas... Para quatro gladiadores, legionários ou ogros, será pouco.

PREPARO: Coloca o alho para dourar num blend de azeite de oliva e manteiga, cuidando para não escurecer. Aí adiciona o suco de limão siciliano, o vinho, e deixa reduzir um pouco, sem perder muito líquido. Acrescenta as castanhas-do-pará já picadas, e é só o tempinho de esquentá-las que o 'molho' já está pronto.

Claro que isso deve estar bem sincronizado com o preparo do macarrão, que nessa hora já deve estar al dente. Agora é a hora boa: escorre o macarrão, mistura nele o queijo ralado e a casca ralada dos limões sicilianos, joga essa misturinha por cima, e corre pro abraço. Ou seja, pra mesa, pro pessoal provar a invenção e dar a nota.

A dica é da Tati Matz, minha crítica gastronômica preferida: umas folhinhas de manjericão misturadas na hora de levar pra mesa realçariam o gostinho do macarrão, e dariam um corpo mais legal ao prato. Eu concordo. E também tiraria o alho, como já disse, pois acho que ele sobrou um pouco nos sabores mais sutis que esse prato se propõe.

Agora, o mais engraçado foi descobrir que o Gnomo estava tocando viola na mesma nota!!!! Que saborosa coincidência!!!


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Doce de Merenguinho by TatiMatz

Participação Especial no Blog!!!


Texto e fotos de TatiMatz.


Não nasci pra cozinha. Trato-a por Vossa Excelência e peço licença quando quero entrar pra pegar um humilde copo d’água. Na família, tenho um epíteto cretino que frustra minhas prendas de futura mãe: Tati, a abatumadora de bolos. Vocês conhecem alguma mãe que abatuma bolos?? Nem eu! Por isso, digo: não posso ter filhos antes de aprender a fazer um bolo decente!

Bom, a essas alturas, muitos se perguntam: “mas então o que ela faz escrevendo um texto para um blog de gastronomia?” A resposta é muito simples: tenho na manga uma receita de família. E essa eu sei fazer – muito bem, modéstia à parte! É o super-ultra-mega-delicioso Doce de Merenguinho!! E bem que faltava uma receita de sobremesa por aqui, mesmo!

Esse é um doce que é feito em três momentos. Aos principiantes, como eu, não se preocupem, pois não vão passar o dia todo na cozinha. São três passos rápidos que contam com os seguintes ingredientes:

- 1 lata de leite condensado;
- 1 lata de leite;
- 4 ovos;
- 1 colher de sopa de maisena;
- 4 colheres de sopa de açúcar;
- 1 lata de creme de leite;
- 1 pacote e 1/2 de merenguinho (aqueles “Da Colônia” são os melhores!)

A primeira etapa consiste em fazer um creme, que será a base da sobremesa: leve ao fogo o leite condensado, o leite, as quatro gemas (reserve as claras) e a maisena, mexendo sempre, em fogo médio. Desligue quando começar a ferver. Transponha o creme para a travessa onde a sobremesa será servida – eu uso um refratário de tamanho médio – e coloque em algum lugar para esfriar – que pra mim significa embaixo do ventilador, mesmo. Nada como dar novos usos à tecnologia disponível.



O segundo passo é fazer um chantilly que irá por cima do creme que está esfriando. Para isso, bata bem as claras em neve (bah, dá uma preguiiiiiiiiça! Mas não há esforço que uma batedeira não faça!). Depois, acrescente o açúcar, o creme de leite e misture bem, sem bater. Sobre o creme já frio, despeje o chantilly.



Por fim, vem a melhor parte: sobre essa profusão de sabores e calorias, coloque o merengue, de modo que cubra toda a superfície. Tape a sobremesa com um filme plástico e bote na geladeira! Ainda dá pra ser um pouco mais criativo e, além dos merengues, botar morangos ou bombons e voi-là! Posso garantir que é bem mais gostoso do que um bolo abatumado!





quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Prevenção com Elegância

Nesses tempos de gripe A circulando na população e na mídia, mais de uma vez li sobre a importância dos alimentos que estimulam a nossa imunidade. Alho, gengibre, mel e limão estão sempre no topo da lista. Aí, vendo uma dessas reportagens, fiquei pensando num prato ANTIGRIPAL... algo que reunisse esses ingredientes.

Pensei imediatamente num peixe, um filé de abrótea que, além de ser um peixe leve, tinha a vantagem de já estar no meu freezer. Na véspera, escolhi dois filés grandes e passei pra geladeira para descongelar da maneira mais adequada. Também deixei algumas batatas fervidas para usar no dia seguinte e não tomar meu tempo com isso. Tudo em nome da praticidade, certo, Gnomo?

No dia seguinte, separei os ingredientes. Atenção para as quantidades:

- Duas colheres de sopa bem cheias de mel puro
- Uma colher de chá de alho picado (eu sempre uso Alho Free, e RECOMENDO)
- Suco de ½ limão
- 150 ml de vinho branco (algo tipo meio copo)
- Duas colheres de sopa (generosamente cheias) de gengibre picado
- Algumas pitadas de pimenta-do-reino
- Um punhado de Salsinha fresca picada
- 2 Filés de Abrótea

Começa dando uma refogadinha de leve no gengibre picado. Bem de leve MESMO. Depois coloca o alho picado, e mais uns segundinhos refogando, mas não chega a deixar o alho dourar. E já tá na hora do suco de limão e do vinho branco entrarem, abrindo a mistura e evitando torrar os dois primeiros ingredientes. Sal e pimenta-do-reino na mistura. Quando levantar fervura, abaixar o fogo e deixar reduzir um pouco, até dar uma engrossadinha. Esse molho vai ficar bem forte e bem ácido, não tem problema. Vai regulando a lenta com água (aos poucos, e POUQUINHO) para não secar o molho. E vai provando. Aventureiros da cozinha (como eu!) precisam provar o tempo todo as etapas intermediárias para se certificarem que não estão fazendo bobagem.

O molho deve continuar forte de sabor, mas perder um pouco da exagerada acidez inicial. Um pouco. Ainda está com uma acidez acima do palatável, certo? Ótimo! É assim mesmo que tem que ficar. O mel está ali, pacientemente esperando a sua deixa. E é ele que vai resolver isso, agora mesmo. Pode derramar sem pena. Nada de mexer no fogo, deixa sempre em fogo brando.... mexe é no molho, para misturar legal.

Bom, quando voltar a ferver, coloca na panela os filés de abrótea, já temperados com sal e pimenta-do-reino. Sim, eles não douram antes, entram direto cozinhando no molho. Aí a importância da panela adequada: eu usei uma estilo frigideira, mas com tampa. Coloca os filés, dá uma mexidinha, coloca um pouco dos sólidos do molho por cima dos filés, e tampa a panela. Quando levantar a fervura novamente, vira com cuidado os filés (atenção para eles não se espedaçarem) e deixa um pouco mais do outro lado, já com a panela destampada. Essa etapa aí serve para reduzir bastante o tempo de forno depois, e não secar demais o molho. Ou seja, o peixe cozinha no molho e depois seca o excesso no forno.

Falando em forno, já está pré-aquecido? Ótimo. Aquelas batatas lá do começo farão o acompanhamento. Cortadas em metades ao comprido, adornam o prato que irá ao forno e depois à mesa. Portanto, escolhe uma assadeira apresentável, combinado? Passa os filés para esse prato, derruba o molho por cima e toca no forno.

Bom, o forno serve mesmo para dar uma secadinha no molho e terminar o cozimento do peixe. Nada demais. Uns 15 minutinhos, com forno pré-aquecido quando entrarem, já está ótimo. É o tempo necessário para duas coisas importantes: picar (só agora, para que fique bem fresca!) a salsinha que vai por cima do prato e abrir aquele vinho branco geladinho.

Dá uma olhada lá no forno: o molho reduziu e o peixe dourou? Tá pronto! Joga a salsinha picada por cima e traz para a mesa! Um Reserva Boscato Chardonnay geladinho no acompanhamento e vamos nessa!

Inicialmente eu queria batizar o prato com um nome que fizesse alusão à prevenção da gripe, mas a Tati fez o comentário definitivo após provar a minha invenção: “nossa, que sabor elegante”... taí: Peixinho Elegante!