quarta-feira, 27 de maio de 2009

Pode Chegar Mais Gente

Pessoal, desta vez tenho uma boa dica para quando não se tem certeza do número de convidados. Como assim??? !!! Se convidei está convidado, se não convidei... não vem! Peraí, calma, vamos dar um jeitinho nisso.

Meus primos são jovens e tem os fins de semana cheios de compromissos. Estão naquela fase de encontrar a família só se for dia das mães, natal ou alguma data importante. Mesmo assim, sempre que convido meus tios pra jantar, estendo o convite a eles. Normalmente eles saem com os amigos ou as namoradas, mas desta vez rolou um: "- Pode ser que a gente pinte por lá, primo". Fiquei com uma pulguinha me mordendo a orelha e uma outra um pouco maior dizendo: - Se vierem trarão as namoradas, hahaha !

Pensei cá comigo "Vou fazer
feijão! É só colocar água se aparecerem mais 4 né?!!" Brincadeira, fui ver meus livros de culinária. A receita normal que fiz para receber os meus tios foi assim:

Entrada:


Salada de Kani na Alface Americana
- 2 pacotes com tabletes de kani
- Molho pronto "Caseiro" Hellmans mesmo.
- 1 ou 2 alfaces americanas de bom tamanho e com as folhas inteiras - já explico!

Podemos começar cortando pela metade e desfiando o kani. A alface americana tem um truquezinho: retira a 1ª folha da alface, pois deve estar um pouco machucada do manuseio. Com cuidado, tira-se inteiras as próximas 4 ou 5 folhas (quantas derem de bom tamanho). Essas folhinhas vão servir de canoa para colocarmos a salada a ser servida dentro. Pega o resto da alface e corta também desfiadinha. Repete o procedimento com a outra alface.

Não se esqueçam de sempre lavar os legumes antes. A dica
é deixar por 5 minutos mergulhado em água com um pouco de vinagre. Depois é só misturar o kani, a alface e o molho numa tigela. Aqui cada um usa o que quer para combinar com o prato. Eu optei pelo molho caseiro pelo seu gosto suave, mas há outros desses molhos prontos que ficam uma delícia misturados com kani (yogurte ou parmesão). Com uma colher, coloca a mistura dentro das canoas de alface americana. Distrubua as canoas numa travessa bonita e voi la !!! Uma salada com cara de comida requintada e fácil de fazer.

Estrogonofe de Atum
- 2 caixinhas de creme de leite
- 3 latas de atum
- 1 pote de champignom
- 3 dentes de alho
- 1/ e 1/2 cebola média
- Tempero verde
- Sal

Coloca na panela o alho, a cebola e um pouco de óleo e deixa fritando. Enquanto isso, vai tirando o óleo das latas de atum. Adiciona o atum na panela com um pouco de sal e mexe bem pra pegar o temperinho. Joga (modo de dizer... olha a bagunça hein !!!) o creme de leite, abaixa o fogo e mexe. Põe o temperinho verde picado e deixa mais um minuto no fogo só pra pegar o gostinho.

Pronto pra servir. Não deu 10 minutos!





Acompanha um arrozinho e batatinha palha.





Meus primos apareceram e um deles trouxe a namorada. Sem problemas... dobrei a receita. Mesmo se eles não tivessem aparecido, todos os ingredientes são coisas pra se ter em casa. Lata de atum, creme de leite, alho, cebola e arroz. O que eu realmente tive que comprar a mais foi o champignom e a batata palha. Ah!!!

A salada sim, só deu uma canoa por pessoa, essa eu havia comprado pensando só em 2 casais. Até porque, eu ia servir de entradinha para os meus tios, mas os guris apareceram cedo também. Mesmo assim elogiaram tudo e ninguém passou fome.



quarta-feira, 20 de maio de 2009

Men at Work

Pessoal, atendendo a vários pedidos, estamos mudando o sistema de comentários do nosso blog. O anterior era lento, confuso, pouco prático etc. Sabemos disso e vamos melhorar a interface.

Nossa competente equipe de suporte em informática está trabalhando firme. Não é mesmo, Jean?


terça-feira, 19 de maio de 2009

A beleza de um arroz de china.


Comer bem é um prazer extremamente democrático. É possível fazê-lo gastando bem pouco, exercendo a criatividade e afiando a atenção aos detalhes. Aliás, atenção aos detalhes é fundamental na cozinha, penso eu.

Pois bem: o post de hoje fala de um prato que tenho verdadeira loucura, e é um ícone do estilo BBB (Bom, Bonito e Barato): é o arroz de china, ou arroz de china pobre. É como chamamos aqui no Rio Grande do Sul o risoto de linguiça.

Há quem não goste, ok. Talvez a mesma bronca que várias pessoas têm pelo carreteiro. Eu particularmente acho que a diferença entre um ótimo resultado final e um "meia-boca" seja cheio de sutilezas. O diabo mora no detalhe, diz o ditado.

Primeiro ponto: a panela. Pode parecer bobagem, mas eu não abro mão de uma panela de ferro para preparar um bom arroz de china. Além da comprovada liberação de ferro para comida ser benéfica para saúde, o gosto que passa para os alimentos é um tempero delicioso. Um saborzinho que lembra fumaça, quase amargo, mas bem equilibrado, sutil.

Panela escolhida, vamos aos ingredientes. Não é à toa que existem linguiças que custam R$ 5,00 por quilo e outras que custam R$ 15,00. Acreditem em quem já trabalhou na indústria: a diferença no preço quase sempre reflete a diferença na qualidade dos ingredientes. As linguiças baratas são basicamente CMS (carne mecanicamente separada) de aves, gordura suína e água. Além de uma porrada de químicos para dar “gostinho” de linguiça. Já as de boa qualidade vão ter carne suína, menos gordura, ervas desidratadas e temperos decentes, como pimenta ou páprica, na fabricação. Como estamos falando de uns 100g de linguiça por pessoa, o custo adicional de uma linguiça de ótima qualidade em relação a uma verdadeira bomba é de cerca de R$ 1,00 por pessoa. Vale, né?

Outro ingrediente que merece atenção é o extrato de tomate. Para quatro pessoas, não se gasta mais que meia lata para dar aquela corzinha bonita, que vai ficar ainda mais viva se a exigência da panela de ferro for respeitada. O problema é que o extrato de tomate dá cor, mas adoça demais o prato. Além do que, não sejamos ingênuos, né? Aquele vermelho vivo é garantido muito mais pelo corante adicionado do que pelos tomates que passaram por ali. Aqui a minha sugestão é um pouquinho mais cara, mas nada que assuste: no supermercado, pertinho dos extratos de tomate, tem sempre duas ou três marcas de TOMATES PELADOS. Algo em torno de R$ 2,50 por lata, normalmente, mas eu aproveito para comprar várias quando alguma marca entra em promoção por alguma coisa abaixo de R$ 2,00. É um ingrediente versátil, prático, e que ganha de goleada do extrato de tomate, por apenas R$ 0,50 por pessoa a mais na conta.

Vamos ao que interessa! O meu arroz de china, para quatro pessoas, fica assim:

400g de uma boa linguiça cortada em rodelas
1 lata de tomates pelados
1 cebola pequena picadinha
1 punhado generoso de temperinho verde picadinho
1 ½ xícara de arroz branco

Refogo a linguiça sem óleo. À medida que ela esquenta vai refogando na sua própria gordura, que já é suficiente. Aí reservo. No “sujinho” da panela, refogo a cebola em fogo médio, cuidando pra não queimar. Quando estiver dourada, jogo de volta a linguiça e coloco o arroz. Deixo o arroz dar uma refogadinha de leve, e coloco os tomates pelados, com suco e tudo. Dá pra dar uma rasgada nos tomates, com a colher mesmo, para eles não ficarem tão inteiros. E aí vão três xícaras de água, já morna pra ganhar tempo. Dou aquela mexidinha e provo a água. Essa água é que vai me dizer o quanto de sal devo colocar. Aí é beeeem subjetivo, mas... vá lá: a água tem que estar um pouquinho salgada, mas sem exagero. Conforme o arroz cozinha, ele absorve esse sal. E bem que se diga: a quantidade de sal varia conforme a linguiça.

Fogo baixo pra cozinhar o arroz é fundamental. A pressa aqui é inimiga da perfeição. Não queremos que o arroz torre embaixo e amargue demais o prato, certo? Quando estiver no ponto, coloco o temperinho verde e misturo. E levo correndo para a mesa, que o perfume do temperinho ainda fresco deixa o pessoal salivando de expectativa. Ah, não dá pra esquecer: OBRIGATÓRIO servir na própria panela. Passar para uma travessa é uma heresia, um crime hediondo. Inafiançável!

Simples assim... e gostoso demais!

Quero lançar uma enquete aos nossos queridos leitores: que pratos vocês consideram BBB? Que truques fazem pra deixá-los especiais? Opinem! Comentem! Participem!


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Praticidade É Meu Nome

Nossa confraria é feita de amigos para amigos. Como gosto de me sentar ao redor da mesa, papear com os pratos e taças cheios e esticar estes momentos o máximo possível, costumo ser prático na cozinha mas eficiente.

Aproveitando o bom preço do camarão na safra, como estava acontecendo neste mês que passou, foi possível fazermos experimentos e curtições com frutos do mar. Segue abaixo uma receita rápida com este bichinho do mar.

Camarão ao Creme de Cenoura

- 700g de camarão descascado
- 8 cenouras cozidas
- 300g de nata
- 300g de manteiga

- 1/2 pimentão verde picado
- 1 copo de conhaque (eu usei Graspa, tava sem conhaque, ficou igualmente bom)
- sal
- salsa (opcional)

Na frigideira, derreter a manteiga e colocar o pimentão, o camarão e o sal. Depois de dar uma refogada, acrescente o conhaque para flambar. Acrescentar a cenoura cozida e amassada com um garfo e a nata. Misturar por 5min, colocar um pouco de salsa picada sobre o camarão (não usei).

Essa quantidade é para 4 pessoas.

E como eu disse anteriormente, gosto de curtir a mesa, portanto durante a tarde em casa, fervi as cenouras e esmaguei, deixando só o refogado e os acompanhamentos para fazer na hora. Gastei 15 minutos na cozinha, ou seja, o tempo do arroz.

Acompanhamentos:

Arroz branco e saladinha de rúcula com limão.

Para beber foi um Finca Flichman Syrah.

Rápido e gostoso. É só sentar e curtir o resto da noite !!!

Bondmais

Já explico: "Bondmais" vem de um prato delicioso que servem num restaurante mineiro que tem perto da matriz da empresa que trabalho, em São Paulo. A maioria das comemorações do pessoal lá são nesse restaurante que é uma beleza mesmo. O nome do referido prato é "Bom Demais", mas em mineirês se pronuncia "bondmais", com o "bond" acelerado e o "mais" mais lento. E não é que esse trêm é bondmais mêmo, uai! Bueno, voltando ao gauchês, é tri bom mesmo.

O prato completo consiste em três itens básicos: arroz, batata frita e um filé nadando num molho de nata! Ah, e uma saladinha... (senão a Dra. Sandra briga comigo)

Toda vez que eu vou lá eu penso: hmmmm, e se esse molho de nata tivesse um veneninho? Já pensou um molho intermediário entre a nata e o quatro queijos? Bom, foi o que eu tentei fazer.

Abaixo estão os ingredientes todos:


  • arroz parboilizado (sim, eu prefiro o parboilizado que nunca dá errado)
  • batata pré-frita comprada no super (assumo sem qualquer problema)
  • filé mignon
  • nata (ou creme de leite fresco, é a mesma coisa) - não pode ser o de caixinha!
  • queijo muzzarela
  • queijo parmesão
  • noz moscada
  • leite integral

O Arroz:


Bom, resolvi explicar o arroz porque tem gente que, sei lá, tem medo de cozinha e não se mete nem a fazer um arroz. É barbada, ainda mais com o parboilizado! Olha só: põe um fiozinho de óleo (eu uso o Olivíssimo porque eu acho que ele é mais saudável. Nem sei se é na real... pelo menos eu me engano dizendo que é.) numa panela pequena no fogo médio. Se tu quiser dar uma incrementada no arroz, pode colocar um pouco de cebola picada e alho picado nessa hora, mas não é obrigatório. A maioria das vezes, eu faço arroz sem acessórios. Aí coloca uma medida de arroz na panela pra refogar por pouco tempo, sei lá, um minutinho basta... Depois dessa refogadinha, coloca duas medidas de água na panela. Vai fazer tshhhhhhhhhhhh, mas não te assusta, é assim mesmo, não estragou nada... Foi assim que a minha irmã me disse quando me ensinou a fazer arroz.

A quantidade, claro, varia conforme o número de bocas. Se a medida do arroz cru for uma caneca, três pessoas normais ou dois trogloditas se alimentam bem.

Quando a água levantar uma fervura, abaixa o fogo, põe um punhadinho de sal e corre pro abraço! Quando a água toda secar, tá prontinho! Eu, de vez em quando, dou umas mexidas no arroz pros de baixo vir pra cima e versa vice.

Tem uma mandinga pra finalização do arroz que eu nunca encontrei explicação mas eu sempre faço, via das dúvidas. A "quase simpatia" consiste em tampar bem a panela tão logo o arroz esteja pronto e enrolar bem com um pano de prato (!!!!). Não sei... sempre vi minha vó portuga fazer assim.. Vá que...


A Batata Frita:

Bom, não sei fazer batata frita. É a mais pura verdade. E pior que quase não pretendo aprender porque depois que alguém teve a idéia de pegar as batatas pré-fritas congeladas e colocar no forno, pra quê descascar, cortar e colocar as batatas nadando na graxa e depois comer? Quando eu faço, eu faço "ao forrrrno" (como dizia um garçon carioca perguntado sobre o sabor da lasanha que servia). Comer batata frita na rua é outra coisa. O que os olhos não vêem não aparece no exame de colesterol. Eu não vejo o que o cara fez lá dentro da cozinha, que cor era o óleo, etc... Bom, deixa prá lá. Pra comer batata frita em casa é barbada: vai no super, compra as batatas pré-fritas cortadas congeladas, põe numa travessa de metal, toca dentro do forno e era isso. O maior trabalho é não se queimar quando abrir o forno pra dar uma revirada nelas de vez em quando. Quando elas estiverem moreninhas, tá feito. Leva de vinte minutos a meia hora.


O filé ao molho de nata:

Resolvi não separar em um item "filé" e outro "molho" porque é tudo junto mesmo, apesar de ser uma coisa de cada vez. Bom, primeira coisa, resista a tentação de usar o batedor de bife no filé. É uma heresia, não faça. O tal batedor até tem sua serventia, mas com carnes de patinho pra baixo. Fiz questão de registrar porque tem gente que vai no automático: corta a carne e ! Enche de porrada! Um amigo meu carioca dizia que era mais ou menos assim que eles comiam alcatra: "você compra músculo e dá porrada até ele confessar que é alcatra, aí você come". Não é o caso, definitivamente. E tem mais: filé mignon no Atacadão tá o mesmo preço do guisado no Zaffari.
Depois de não bater na carne, salgue conforme o gosto de quem vai comer. Pode também usar uma pimentinha preta, hmmm. Eu costumo esfregar o sal na carne pra pegar bem. A quantidade de carne, óbvio, varia. Dessa vez, eu considerei dois bifes por pessoa. Ah, como é file, corta os bifes bem grossinhos, tipo um dedo e meio de largo.
Pega aquela panela bem boa pra fritar, coloca um pouco de óleo e deixa esquentar bem. Se começar a sair uma fumacinha, passou da hora, o óleo ficou quente demais. Tira um pouco a panela do fogão se isso acontecer. O esquema é que a panela e o óleo tem que estar bem quentes. Coloca delicadamente a carne na panela. Não atira a carne lá dentro pelamordeDeus. Outra dica importante: não põe toda a carne de uma vez. Isso pode soltar muito suco da carne e fazer ela cozinhar ao invés de fritar. Ah, e ouvi não lembro de quem outra dica: não dá aquele apertão na carne sobre a panela! Isso só tira o suquinho dela, deixando-a seca. Quem disse isso também disse: quando é filé, não fica mexendo muito na carne, frita de um lado, vira, frita de outro e deu.
Depois de fritar toda a carne, a panela vai estar toda sujinha, né? Nem pensar em lavar! Esse sujinho tem um gostinho precioso demais pra disperdiçar. É bem ali que a gente começa com o molho. Espera a panela esfriar um pouco e despeja toda a nata na panela. Deixa o fogo baixo porque devagarinho a nata vai ficando líquida. Ah, detalhe importante: enquanto tu tá fazendo a carne, pica os queijos em pedaços pequenos. Quanto mais duro o queijo, menor precisa ser o pedacinho. Dessa vez, o parmesão que usei era de marca boa e portanto bem durinho. Só que eu não cortei muito pequeno e ele não derreteu direito... Dá pra ver aí nas fotos que não ficou muito legal. Já deu pra imaginar o que é pra fazer com o queijo, né? Claro, derreter na nata. Bah, me deu fome de novo. Vai tocando aos poucos os pedaços de queijo na nata sempre mexendo com uma colher de pau. Os queijos mais duros primeiro. Mas o queijo tem que derreter. Se ficaram muitos pedaços de queijo, levanta o fogo pra derreter mais. Sempre mexendo, põe um pouco de noz moscada pra dar uma corzinha e um perfume. E, claro, com a colher de pau, vai "limpando" a sujeirinha deixada pela carne pra dar gostinho no molho. À medida que o molho vai reduzindo, vai colocando o leite porque o queijo precisa derreter em algo mais pra líquido. É no olho, não tem como dizer a quantidade. Acho que usei talvez um copo e meio de leite, claro, aos pouquinhos. Depois de uns vinte a trinta minutos, o molho deve estar como nessa foto aí... O cheirinho vai estar pra matar! Não dá provinha de molho pra ninguém e coloca a carne (a essa altura já fria) pra nadar, digo, pra esquentar no molho de nata. Quando tu achar que a carne já tá na temperatura do molho, tá pronto. Fica como na foto abaixo. Meio feio, mas delicioso.
Agora só falta dar uma maquiada e servir. Pesca os pedaços de carne da panela e põe numa forma bonitinha, depois despeja tooooooodo o molho por cima, afogando os bifes. Por cima, dá pra colocar um queijinho ralado, mas talvez seja um exagero. É, talvez... Eu coloquei uns pedacinhos do parmesão que não usei no molho...
A apresentação realmente não ficou lá essas coisas, mas o sabor ficou bondmais, segundo os presentes: Clarissa, Pedro, Lígia, Tatinha e eu. Sirva-se!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Nascimento dos Ratatouille

Buenas! Afinal inaugurado esse que, mesmo sem sabermos, era um desejo antigo. Nem tanto o blog, mas a bagunça: a ideia (agora sem acento) de reunir quem se gosta pra fazer algo que muito se gosta: comer bem, beber idem, discutir o que se come, o que se bebe, e o tanto que se aproveita.

Espero que dure. Gostar, nós gostamos. Ô...

A porta da cozinha está aberta: entre sem bater. E bom apetite!

Well, abaixo segue então o que rolou na primeira (e despretenciosa) reunião dos Ratatouilles. Apesar da frescura presente nesse cardápio, a ideia não é essa: é pra ser uma curtição. Cozinhar coisas interessantes, dividir esse prazer com os amigos, ouvir críticas e sugestões.

A bagunça foi lá em casa, pra reunir os pitocos Pedro e Pietra (sempre uma bela desculpa!).

1ª reunião dos Ratatuille - dia 25/04/2009.

Participaram: Sandro, Tat, Jean, Cissa, Gnomo, Adri, Pedro e Pietra.

Canapé:

Canapés de Caviar com Cream Cheese e Ciboulette.
50g de Caviar
1 colher de chá de Maionese
1 punhado de Ciboulette (também chamado de cebolinha francesa) picado
100g de Cream Cheese
3 packs de Magic Toast

Misturar o caviar, a maionese e a ciboulette gentilmente, para não estourar as bolinhas do caviar.
Passar o Cream Cheese nas Magic Toasts como base
Passar a mistura por cima e servir imediatamente, para não amolecer os canapés.

Acompanhamento: Espumante Dom Giovanni Brut Stravaganzza

Meus Comentários:
Para mim, a surpresa da noite foi essa espumante: www.dongiovanni.com.br/p_stravaganzza.asp
O canapé tem que ser servido imediatamente, mesmo. Já tava meio molinho pela demora. Mas tudo bem, a ligação que prendeu a Tati era importante.

Entrada Fria:

Salmão cozido no limão com molho de romãs, gengibre e manjericão.

1kg de filé de salmão cortado em iscas
2 limões Taiti
50g de Gengibre finamente fatiado
1 punhado de folhas de manjericão
Suco de ½ romã
1 pitada grossa de flor de sal (ou sal grosso)

Ralar a casca dos limões e reservar
Espremer o suco dos limões e coar
Marinar o salmão com o suco dos limões e a flor de sal
Resguardar por 15-20 minutos
Escorrer o caldo
Marinar com o suco da romã, a casca dos limões ralada, o gengibre fatiado e as folhas de manjericão

Acompanhamento: Casa Valduga Premium Gewurztraminer 2007
www.mundovinho.com.br/vinho.php?vinhoId=58

Meus Comentários:
Acho que foi o Gnomo o primeiro a falar, mas eu concordo: deveria ter mais suco de romã. Ficou imperceptível. Mesmo assim, bem gostoso o prato.
O vinho estava adequado. O mais importante é jamais se atrever a tentar acompanhar com um vinho tinto. É desastre na certa.

Entrada Quente:

Camarões no bafo com dipper de abacaxi e pimenta.

900g de camarões com casca sem cabeça
½ vidro de dipper de abacaxi com pimenta

(dipper é um molho concebido para “mergulhar” alguma coisa dentro)

Acompanhamento: Finca Flichman Syrah Roble 2006

Meus Comentários:
Bah, camarão no bafo dispensa comentários, né? OK, o Dipper foi comprado, eu admito. Mas não deve ser difícil de fazer algo parecido...

Prato Principal:

Calderada de Frutos do Mar

900 g de filé de cação
600 g de camarão médio limpo
400 g de mexilhão
300 g de lula cortada em anéis
2 latas de tomate pelado
1 copo de requeijão
1 cebola cortadas em cubinhos
Folhas de louro
Azeite de Oliva
4 dentes de alho picado

Refogar os frutos do mar com o alho e ir reservando.
Refogar a cebola.
Colocar na panela de barro as cebolas, o cação, o azeite de oliva, as folhas de louro e o tomate pelado.
Esperar ferver.
Colocar os frutos do mar refogados.
Colocar o requeijão. Esperar borbulhar.

Pratos de Acompanhamento:

Arroz branco cozido no caldo de camarão
Salada verde

Acompanhamento: Don Laurindo Reserva Merlot 2006

Meus Comentários:
- Sou suspeitíssimo pra falar, mas não me importo: ADOREI a invenção! Palmas pro conselho do Gnomo de colocar somente um pote de requeijão. Dois (minha ideia original) teria sido demais.
- Outra bola dentro (dica guardada da dona Lisete) foi usar a água do camarão ao bafo pra fazer o arroz... hummmmm!
- Alguém LEMBRA da salada? Hehehe...

Sobremesa:

Doce de Merenguinho

Aqui foi obra da Tatá. Ela que vai postar a receita.

Acompanhamento: Espumante Dom Giovanni Moscatel

Meus Comentários:
- Nunca vi o Jean repetir SOBREMESA pela quarta vez. Me deu um trabalhão pra acompanhar...
- Nunca vi EU repetir uma taça de Moscatel! Mas no final tava arranhando... Acho que deve ter coisa melhor pra tomar de sobremesa.

QUE NOITE!


Inauguração

Queridos!

Inauguramos hoje nosso blog! Vamos compartilhar nossas comilanças, feitas por alguéns (mães, tios, parentes, amigos), por restaurantes, ou principalmente, por nós!

Curtam e compartilhem conosco também vossas comilanças!

Jean Cainelli
Marcelo 'Gnomo' Moraes
Sandro Massena