terça-feira, 23 de junho de 2009

DAIMU

A ocasião é o primeiro atributo de uma noite especial. E isso, nós tínhamos: comemorar o final do mestrado da Tati, com direito a nota máxima na banca! Para uma noite especial, uma dica igualmente especial da Pati Massena e do Zé Nicoletti: Restaurante Daimu, na Dinarte Ribeiro, 169.

O lugar é charmoso, uma casa daquelas antigonas no miolo mais estiloso do Moinhos de Vento. Chegamos cedo, o que – opinião de quem já gerenciou restaurante – aumenta as chances de ser bem atendido e receber um prato mais caprichado. De fato aconteceu.

Iniciamos com uma saqueirinha de lichia, frutinha exótica de origem asiática estilo “ame-a ou... errrghs”. No nosso caso, AMAMOS! Tão deliciosamente suave que deu vontade de fazer em casa. Vamos tentar com lichias do Zaffari e saquê do Mercado Público.

Para entradas escolhemos (eu) a sequência de degustação e (Tati) ostras à milanesa. A tal sequência são 4 colheres daquelas orientais, feitas de louça, cada uma com um arranjo de sashimi requintadamente adornado.
A primeira, sashimi de garoupa com uma finíssima fatia de limão e outra mais fina ainda de tomatinho cereja. No fundo da colher, um molho cítrico envelopando a colherada e proporcionando uma explosão de sabores na boca. E era só a primeira das quatro colheres... Não sei se por acaso, mas as colheres foram colocadas em uma ordem que fez todo o sentido: os sabores foram ficando mais fortes a cada uma experimentada. A vontade de repetir a dose é quase incontrolável! Aqui vai uma dica: não é exatamente uma entrada para ser dividida. Se o casal gostou da ideia, peçam uma sequência para cada um.







As ostras à milanesa, na real, não emplacaram. Ambos tivemos a mesma opinião: o empanado de fora era tão grande, e de sabor tão intenso, que as ostras lá dentro nem se faziam escutar... se fosse frango, camarão ou peixe, provavelmente teria dado na mesma. Ficou parecendo nuggets, com o perdão da provável heresia.

Enfim, o prato principal. Que espetáculo: Combinado Exótico para Duas Pessoas! Aqui teve cada bocado... um melhor que o outro. Os nigiris (pra quem não sabe, nigiri - que se diz "niguiri" é aquele com o arroz embaixo e o filete de peixe por cima, ok?) vinham com um rabo comprido que eu só tinha visto no Japão. Como bem tinha comentado o Zé Nicoletti, aquele rabão do nigiri é praticamente um sashimi grudado. Os nigiris de salmão flambado estavam simplesmente divinos, mas teve ainda garoupa com ovas de bacalhau (ovas crocantes, hummmm) e outros que a memória já começa a me trair. Bom, ficou devidamente gravado a obrigatoriedade de repetir a dose.

Além dos nigiris, os sashimis também merecem destaque: uma profusão de sabores com uma marca excepcionalmente autêntica. Além de peixes variados – do clássico salmão até novidades como curapau e garoupa – a preocupação de adornar os filetes com toques especiais: alguns com ervas, outros com ovas diversas, uns ainda com um leve marinado. Em tamanha e delicada sofisticação de sabores, o uso abusivo do shoyu ficaria tão proibitivo quanto uma ultrajante camada de ketchup e mostarda naquelas maravilhosas pizzas italianas. Eu disse ficaria, não fosse oferecido à mesa um shoyu especial, importado, bem mais suave que os usuais por aqui. Esse cuidado extra permite que as peças sejam saboreadas sem que se perda de vista (ou melhor, de paladar) os sabores originalmente propostos pelos adornos nos sashimis.

A Espumante Cave Geisse, da vinícola Cave de Amadeu, na minha opinião, é o melhor custo X benefício da serra gaúcha. A surpresa da noite foi experimentar a versão Nature, que eu não conhecia: trata-se de uma espumante mais seca que a Brut, pois o único açúcar presente é o naturalmente residual, em torno de 1g/litro. Para efeito de comparação: na Brut, já bem seca, a concentração de açúcar fica em torno de 5g/litro. Maravilhosa, especialmente para quem gosta de espumantes encorpadas e extremamente secas.

Enfim, uma noite memorável e recomendada. Acabamos passando a sobremesa, tamanha a generosidade do prato principal. Fica para a próxima!


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Um Oceano de Opções

Bah! Dicas de vinhos e uma receita para se repetir inúmeras vezes. É disso que se trata a receita que vou explicar neste texto. Na verdade, os vinhos vou indicar aqui, porque tomamos, em 3 casais, 5 garrafas de bons vinhos. Nenhum comprometeu, mesmo tendo uma diferença de preço elástica entre eles.

Eu usei a expressão que o Sandro falou na janta para dar nome ao texto. A receita, além de fácil, tem exatamente esta característica, mas ninguém havia descrito ainda com esta poeticidade: "Um Oceano de Opções", hahaha. O que um vinho não faz em uma mente criativa. Estamos falando do Rondele de Massa de Lasanha, é feito com a massa pré-pronta, aquela que fica na parte resfriada do supermercado, junto com a massa de pastéis.

Nossas receitas para 3 casais ficaram assim:

Rondele de Presunto e Queijo ao Molho de Gorgonzola
- 1 pacote de lasanha
- 200gr queijo mussarela (fatias)

- 350gr de gorgonzola

- 200gr de presunto (fatias)

- 1 caixinha creme de leite

- Leite (só um pouquinho para ajudar no queijo)


Rondele de Tomate Seco com Rúcula ao Molho Cheddar
- 1 pacote de Lasanha

- 200gr queijo mussarela (desfiado)

- 200gr queijo cheddar processado
- 1 pote de tomate secos médio

- 1 ramo de rúcula

- 1 caixinha creme de leite
- Leite (só um pouquinho para ajudar no queijo)

Para os rondeles de presunto e queijo, pega uma folha da lasanha e coloca sobre uma superfície lisa. Pega um copo de aguá e com a ponta dos dedos umedece a folha para ela não ficar seca na hora de ir para o forno. Coloca uma fatia de queijo, uma de presunto e enrola como se fosse um sushi. Corta em 4 pedaços. Pronto! Unta um refratário e coloca os rondeles distribuídos uniformemente. Despeja o molho em cima e deixa entre 20min e 30min, depende do forno.

Para os rondeles de tomate seco com rúcula, faz a mesma coisa. Pronto! Folha de lasanha umedecida, 2 ou 3 tomates secos (depende do tamanho) e usa aqui só pra completar 100gr do queijo mussarela da segunda receita, pois os outros 100gr serão utilizados para encorpar o molho cheddar.

Para qualquer outro tipo de rondele, faz a mesma coisa. Pronto! Infinitas possibilidades!!! Os molhos são outra brincadeira a parte... Inventem !!! Os nossos ficaram assim:

Molho Gorgonzola: Começa a derreter o queijo gorgonzola picado grosseiramente (pra derreter mais rápido), em um pouco de azeite de oliva (eu prefiro). Quando estiver derretendo, coloca um pouquinho de leite para ajudar e o creme de leite. Espera levantar a fervura e despeja em cima dos rondeles.

Molho Cheddar: Derreter o cheddar e os 100gr que sobraram de mussarela em um pouco de leite. Quando estiver derretido, acrescenta o creme de leite, espera levantar a fervura e despeja sobre os outros rondeles.

Bom gente, deixa eu dar um resumo da ópera. Sobrou meio pacote de lasanha, isso porque um é mais que suficiente para 2 casais e pouco para 3. Calculei de 6 a 7 rondeles por pessoa. Parece pouco, mas com os molhos de queijo os pratos acabam ganhando peso.

Vamos aos vinhos: Não vou analisar um por um aqui, até por que não tenho capacidade pra isso. Posso dizer porém que nenhum comprometeu a noite variando seus preços entre R$11,00 e R$35,00.

Ordem em que nos sacrificamos:
Michel Torino Malbec 2007
Cumbres Andinas Malbec 2006
Santa Helena Siglo D'Oro Carmenere 2007
Trapiche Colección Roble Malbec 2006
Finca Flishmann Angus Aberdeen 2007

Aproveitem, façam diferentes recheios e coberturas nos rondeles e nos convidem!!! Ou pelo menos nos avisem e mandem a receita.

FUI !!!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Inauguração da Sessão TEST DRIVE

Queridos leitores,

O post abaixo inaugura a nossa sessão TEST DRIVE. Essa sessão é feita por vocês! Quem testar uma das nossas dicas ou receitas e quiser nos mandar o resultado do seu Test Drive, fique à vontade! Receberemos de braços abertos. Aliás, essa não é a única forma de participação, viu? Já tivemos um post delicioso do Zé Nicoletti mandando a receita do Salmão ao Molho de Rúculas com Cuscuz Marroquino, lembram?

A sessão TEST DRIVE foi inaugurada por Camelo Carmelo, atualmente morando em Brasília, afortunadamente casado com a cozinheira de mão cheia Maria Gotinha e... bom, deixemos para o post logo abaixo.

Bom proveito!


TEST-DRIVE: Desejo de grávida: Salmão com Alcaparras

O chef Camelo Carmelo tem faro apurado. Depois de ler com atenção a receita publicada pelo colega de cozinha Jean Cainelli, emplogou-se no potencial do prato. Tanto que imediatamente orientou a cozinheira-chefe Maria Gotinha a testar o prato no Dia dos Namorados. Excelente pedida. Não sobrou nada de um pedaço grande de salmão. Da receita original, sugeriu a troca da clássica mostarda do Ribs (afinal, ela é um privilégio dos gaúchos) pela French´s. Outro detalhe. Para quem também for se arriscar na receita, deve estar atento às alcaparras. É preciso escorrê-las beeeeem meeeeesmo. Vale até dar uma espremida nelas para evitar que o gosto forte da iguaria tome conta do peixe. O resto é só alegria.



Camelo Carmelo nasceu nas Arábias. Aprendeu a arte da gastronomia de tão curioso que é. Mudou-se para o Brasil no início dos anos 90, quando soube que a culinária brasileira aparece entre as mais criativas do mundo. É verdade também que tinha uma certa vontade de saber o que a brasileira tem. Mas isso é outra história.





quarta-feira, 10 de junho de 2009

Desejo de grávida: Salmão com alcaparras

Queridos, depois de um dia de cão e uma pedalada noturna interrompida no meio por causa da chuva, nessa última segunda-feira, minha irmã me ligou pra dar a notícia: TÁ GRÁVIDA!!!! Uhhhuuuuuuu!!!!!!! Totalmente grávida, mais de 9000 sei-eu-o-que-que-mede-gravidez!!! Bem que ela vinha há dias rondando pra vir comer o meu feijão, quem vem ganhando fama e logo ganhará um post. Mal sabia eu que era um prenúncio do maior desejo das mulheres: o de grávida. E como eu A-DO-RO cuidar e satisfazer desejos das gravidinhas, me atirei pra alimentar meu sobrinho/sobrinha com todo o amor que ele/ela já merece, sem dúvida! (ou merecem, né? Váque são dois........)

A Amanda sempre que me vê, fica no vamucombiná aquele salmãozinho básico que eu faço... Pois bem chegou a hora. O 'básico' é sem exageros mesmo, pois é tri simples de fazer e é muuuuuito mais fácil do que os salmões (putz, como será o plural de salmão?) já apresentados aqui no blog. Aliás, salmão anda tão bom e barato que merece mesmo estar nos top five...

Depois que eu aprendi a abrir peixe com o Pepê (vulgo Seu Edival), eu sempre prefiro comprar o peixe inteiro, abri-lo e tirar o filé, mas depende de duas coisas: o salmão inteiro tem que estar BBB (bom, bonito e barato) e o preço do filé congelado não pode estar valendo a pena. É o tipo da coisa que tu decide dentro do super, olhando os dois e comparando na hora. "Como abrir peixe" logo logo ganhará um post aqui, assim que a época da anchova começar, hmmmmmmmm....

Estando com o filé (ou o salmão aberto espalmado), coloca um pouco de sal e uma pimentinha preta também, se for do agrado... Como o salmão é pra gravidinha de plantão, não usei pimenta. Deixa o peixe temperadinho assim de lado enquanto vamos ao molho. Há quem deixe o salmão de molho no leite também, não custa tentar uma hora dessas...

O molho:
  • manteiga
  • 1/2 cebola
  • mostarda
  • requeijão ou catupiry ou creme de leite
  • alcaparras
  • leite

Parece meio lôco, mas os ingredientes combinam, relax. Coloca um pouco de manteiga numa frigideira pra derreter. Depois coloca a cebola, devidamente bem cortadinha, pra fritar na manteiga. Bah, só aí o cheirinho já cutuca os vizinhos... É igual a graxinha aquela do churrasco. Frita beeeem beeeeem a cebola, até ela quase queimar. É um pouco depois do douradinho... Depois, dá umas esguichadas de mostarda direto na panela. Vai sem medo, mas não esquece de ficar mexendo com a colher. Se fosse medir, daria uma xícara de cafezinho cheia. Eu uso a mostarda do Rib's, mas infelizmente, é privilégio de porto-alegrenses. Mas calma, sempre tem uma marca boa de mostarda pra vender... Acho que se usar uma mostarda super-barata, o gosto deve ficar meio róin... Agora, tá na hora do requeijão. Eu tinha em casa um saquinho do 'autêntico' Catupiry, que nada mais é do que um requeijão muito bom e famosinho. Não põe muito... Vai de leve... Acho que umas 100g já dá. Mas depende do tamanho do peixe também, porque o molho tem que soterrar todo o filé. Ah.... Liga o forno já, porque depois o peixe vai pra lá. Agora, tira as alcaparras do vidrinho (pequeno, 50g) e joga na panela. É importante não mandar junto o vinagre da conseva das alcaparras. Tem que drenar bem. Mas e o leite??? Bueno, o leite serve pra regular a lenta do molho. Se ficou muito espesso, abre um pouco com o leite. Se ficou meio aguado depois da 'abrida', cozinha o molho mais um pouco, sempre mexendo, né... Não precisa demorar muito com o molho depois de colocar as alcaparras, não tem problema elas estarem cruas no fim do molho, pois ainda vai tudo pro forno...

Ao forrrrrno:

Se já não estava, coloca o peixe espalmado ou o filé numa travessa refratária de um tamanho bem próximo do peixe. É bom que ele não fique perdido dentro da travessa, nem tenha alguma parte sobrando pra fora. Como tudo na vida, o meio-termo seria o ideal. Nessa hora, a gravidinha já vai estar se lambendo de fome. Mesmo 'estragando' o prato principal, nenhuma gestante pode ficar com fome. Pensando nisso, assei umas ostras gratinadas pra ela ir se divertindo enquanto cobria o peixe com o molho e colocava no forno pra assar. Um detalhe importante é cobrir bem o peixe, sem deixar nenhuma parte rosinha aparente. Quem faz salmão sem molho no forno, usa um papel alumínio pra ele não secar. Aqui a idéia é deixar o samão bem coberto pra ele não secar e pra absorver o molho enquanto assa.

O mais complicado de administrar nesse prato é a fome e a torcida pros 30 minutos de forno passarem o mais rápido possível.



Pra acompanhar, um arrozinho básico, porém 'pegadinho' no alho, já que não vai alho no peixe. Hmmm, batatas assadas com casca junto com o peixe também teria ficado bom, né?

Pra beber, um suquinho de uva sem conservantes, sem açúcar, sem aspartame, sem nada além de uva pra gravidinha. Pra mim, um clássico Cabernet Souvignon pra comemorar a beleza de minha mana ser mãe!

Que Deus abençoe o meu sobrinho/sobrinha querido!!!

domingo, 7 de junho de 2009

Almoço de Domingo

Almoço de domingo é programa de família. E na minha, onze em cada dez domingos, o cardápio é churrasco. Nada mais clássico que cheiro de churrasco no ambiente agradável do apartamento dos meus pais, onde nos reunimos para saborear as carnes diligentemente escolhidas pelo seu Massena na Casa de Carnes Moacir.

Só que num domingo desses a família se separou (quase) toda. Feriadão, os pais num casório em Curitiba, as irmãs mais novas em sei-lá-eu-onde, acampando! Sobramos em Porto apenas a Pati e eu. E os respectivos cônjuges. A ideia e o cardápio vieram da Pati; a minha humilde contribuição foi pegá-la em casa, no sábado, para comprarmos os ingredientes no Mercado Público. Com direito a um longo café da manhã na Lancheria Luz, com seu pastel de bacalhau divino! Mas isso já é assunto pra outro post...

Ingredientes comprados, deixo ela em casa, e toco para a minha pensando.. minha irmã vai fazer cuscuz com salmão. A curiosidade era grande. Gosto de cuscuz, mas comi poucas vezes na vida. Sempre achei que era algo complicado de fazer. E mais ainda de combinar.

O domingo acorda bonito: Porto Alegre está calma, muita gente viajou para aproveitar o feriadão. O dia está lindo, eu e a Tati percorremos o caminho até a casa deles sentindo o cheiro de fumaça dos tantos churrascos que a cidade espera para saborear. Nós, não.

Nossos queridos anfitriões nos recebem com uns beliscos bem legais: figos maduros cobertos com queijo gorgonzola (créditos para a dona Lisete), bolachinhas com caviar vermelho, damascos, pistaches e azeitonas recheadas. Oasis na vitrola, o apartamento radiante de sol e de bom astral.
Minha irmã apresenta as armas: o salmão já está no forno, em grossas postas marinadas com sal, pimenta moída na hora, um fiozinho de azeite e suco de limão. No mesmo forno assa também outra travessa com um picadinho de cebola roxa, cenoura e Kümmel (cominho). O salmão será servido com pesto de rúcula, pra minha grata surpresa. Rúcula batida com azeite de oliva no liquidificador (com um certo trabalho, é verdade... um processador daria conta do recado com mais autoridade). Um toque sutil de coentro na mistura para aliviar o amargor da rúcula, picadinho de damascos e pistaches e aquele queijo parmesão ralado na mistura... E vamos ao cuscuz!

A base do cuscuz foi comprada no mercado público, já pronta. Facilita, claro, mas permite que o toque final seja dado pela mão criativa do cozinheiro. E o toque da Pati foi um primor: aquele picadinho que dividiu o calor do forno com a travessa do salmão gentilmente misturado com manteiga Aviação. Tive a honra de fazer essa mistura enquanto a Pati e o Zé davam atenção ao pesto de rúcula... E que honra!!! O perfume que emanava da mistura não tem explicação!




Ficou divino. O tempero do salmão e o pesto de rúcula casaram em comunhão total de bens com o cuscuz!!! Foi só correr pro abraço. Nos fizeram companhia um Marques de Casa Concha Merlot 2006 e um Navarro Correas Coleccion Malbec 2004 - que, após o almoço, “guardamos deitados”, assistindo o excelente The Acid House, com roteiro do pirado Irvine Welsh, o cara que escreveu Trainspotting. Bela dica do Dr. Nicoletti.

Bom domingo a todos!!!!


PS: quem quiser a receita detalhada das postas de salmão, do pesto de rúcula ou do cuscuz, pega aqui no post abaixo.




Receita: Couscous + Pesto de rúcula + Salmão

Sandro, a Paty tá ali na cozinha fazendo um risotinho de cogumelos frescos (da feira) com gorgonzola e me pediu pra te escrever passando as receitas do rango que fizemos pra vocês aqui em casa... então lá vai:

Entrada: figos maduros descascados recheados com queijo gorgonzola (servido frio)

Couscous Marroquino

Ingredientes:
500 g de couscous Ferrero (comprado na Banca do Holandês)
2 cebolas roxas grandes
2 cenouras grandes
1 tablete de manteiga aviação
Kümmel (cominho)
Azeite de oliva

Modo de preparo: picar as cebolas e cenouras em cubos pequenos e colocá-las numa forma anti-aderente levando ao forno após regar com azeite de oliva. Assim que estiver cozido (dourado) polvilhar com Kümmel (cominho) e retornar ao forno por mais alguns minutos - cuidado para não queimar. Em uma panela aquecer 2 copos de água (500 ml) até ferver - temperar com sal e acrescentar a mesma quantidade (2 copos) de grãos de couscous. Desligar o fogo e cobrir por 5 minutos. Acrescentar os legumes e 1/3 do tablete de manteiga mexendo até que fique homogêneo.

Pesto de rúcula

Ingredientes:

1 molho de rúcula (de preferência hidropônica que é menos amarga)
1 molho de coentro
Aproximadamente 50 g de queijo parmesão ralado
3 damascos picados
Azeite de oliva
1 punhado de pistaches sem casca

Modo de preparo: bata a rúcula aos poucos acrescentando o azeite no mixer ou liquidificador até obter uma consistência homogênea líquida. Acrescente apenas alguns ramos de coentro para que o gosto deste não predomine. Siga batendo e aos poucos misture o queijo, os damascos picados acrescentando azeite para dar o ponto (consistência líquida pastosa) e/ou aumentar o volume. Por último acrescente os pistaches e dê apenas mais alguns pulsos para que o mesmo fique em pedaços mastigáveis.

As postas de salmão fresco temperadas com sal, pimenta moída na hora, fio de azeite e suco de limão podem ser grelhadas ou assadas no forno. Servidas com o couscous e regadas com o pesto de rúcula.

Só faltou falar dos vinhos que por sinal acompanharam muito bem o prato... ah, e do mousse de piña colada da sobremesa...

É isso aí... não vejo a hora do nosso próximo encontro gatronômico... estamos devendo uma pros teus pais também, né? Seguimos acompanhando o blog.

Abraço e boa semana!

Zé & Paty



quarta-feira, 3 de junho de 2009

Eu Só Quero Chocolate...

Bom... quando faz calor a gente se esfria... quando faz frio a gente se esquenta... aaaaahhhhhh isso minha mãe sabia fazer com os filhos.

Nas tardes de sábado ela reunia a tchurma para tomarmos chocolate quente! Não que ela não faça mais isso, mas quero relatar aqui como era pra mim como criança curtir o frio tomando uma... duas... três... enfim canecas bem generosas de chocolate quente com merengue em cima.

Na verdade, a preparação era tão intensa que nos esquentávamos muito antes de começar a comilança, pois tinhamos que bater o merengue e principalmente a gemada. Só ali o frio já passava.

Chocolate Quente da Magali

- 8 xícaras de leite
- 5 gemas
- 2 colheres de maizena
- 1 colher de chocolate em pó para cada xícara

Para 6 pessoas

Ferver o leite e apagar o fogo. Em uma batedeira, bater as claras dos 5 ovos em neve para o merengue. Acrescentar o açúcar aos poucos até ficar com aquela cara de núvem(reservar). Bater bem em uma caneca as 5 gemas colocando o açúcar também aos poucos para fazer uma gemada. É algo em torno de 2 colheres de sopa de açúcar por gema.

Retirar uma xícara do leite quente e deixar esfriar. Quando estiver morna misturar a gemada e a maizena(sempre aos poucos e lentamente para não embolotar). Mexer muito bem e misturar tudo, BEM BATIDO(se precisar acrescentar mais açúcar ao colocar a maizena pode, pois dissolve melhor).

Ligar o fogo baixo, e no leite que já está no fogo, despejar a mistura aos pouquinhos para não embolotar. Não parar de mexer com a outra mão ou com a ajuda dos "aspones", por isso era tão bom reunir a tchurma e fazer a função toda se esquentando na cozinha. Quando levantar a fervura apagar o fogo. Servir com o merengue. Eu disse que esquentava antes mesmo de tomar o chocolate !!!

Nem todas as pessoas curtem beber tanto chocolate, que fica deliciosamente doce, por isso temos que variar no cardápio oferecido. Para tanto sugiro um excelente capuccino caseiro que a Adri ganhou na creche da Pietra no dia das mães, e que veio junto a receita como contribuição de uma das mães da creche. Tava tri bom.

Capuccino

- 1 lata de leite em pó integral e istantâneo
- 100gr de café solúvel em pó
- 10 colheres de sopa de chocolate
- 1 colher de bicarbonato de sódio
- 1/2 colher de sopa de canela em pó
- 1 colher de sopa de sustagem (opcional)

Misturar todos os ingredientes e saborear!


Para acompanhar é só usar a criatividade com alguns tipos de pães, frios variados, cucas, bolinhos, quem sabe umas salsichas para fazer uns cachorrinhos e claro!!! Não esqueça de juntar o máximo de pessoas possível, pois sem calor humano não há chocolate ou capuccino no mundo que esquente o suficiente.