Em outubro do ano passado, numa das minhas viagens a trabalho, acabei com um dia inteiro de folga em Paris, para curtir a cidade. Fato raro, acreditem. Como estudante já tinha visitado a cidade algumas vezes, pois se trata do destino mais rápido e barato para renovar o visto inglês. Pelo trabalho, Paris é destino obrigatório, pois uma das maiores feiras da indústria de alimentação acontece lá, a cada dois anos.
De bobeira, sem nenhuma obrigação de bater ponto nos lugares turísticos, optei por uma circulada despretensiosa pelos arredores do meu hotel, mesmo. Até porque estava muito bem localizado, poucas quadras a norte do Museu do Louvre. Um friozinho de outubro – equivalente a um dia de inverno, aqui – indicava uns 10ºC nos termômetros, mas o sol caprichava em deixar o dia agradável. Escolhi um bistrô pelo critério do “quanto mais aprazível, melhor”. Até porque não esperava que algum deles fosse me decepcionar pela comida.
Depois de achar um cantinho charmoso e agradável, pedi uma jarrinha de 500ml de um tinto leve ‘nacional’ – que nem lembro mais qual era, pois não conheço nada de vinho francês – e uma sopa de cebola. Afinal, o frio lá fora convidava para uma sopinha, e os preços exorbitantes de quase tudo no cardápio, também. Depois de alguma espera distraída, quando chegou minha sopa, eu percebi que estava em frente a uma obra prima surpreendente: uma tigela tirada do forno completamente coberta de queijo gratinado! Nem dava pra enxergar a sopa. Quando comecei o ‘sacrifício’, ainda tive mais uma grata surpresa: além da espessa cobertura de queijo, um delicioso pão tostado em pedaços era a camada intermediária entre o queijo e a sopa. Que estava DIVINA, lá embaixo, esperando a minha colher desbravá-la destemidamente. Voltei pra casa com aquela experiência viva na memória, esperando repeti-la na próxima feira.
O tempo passou. Em junho desse ano fomos para Gramado para comemorar o aniversário da Tati. O ponto alto da programação foi um jantar no Restaurante La Caceria, especializado em Caças. A Tati já conhecia a casa, mas para mim tudo era novidade. Ela indicou a nossa entrada: “vamos tomar uma sopa de cebola maravilhosa que tem aqui”. Confesso que não me empolguei muito...
Bom, quando veio a sopa, não acreditei! I-DÊN-TI-CA à de Paris! Mesmíssima coisa: o queijo gratinado, a camada de pão tostado, aquela sopa deliciosa no fundo... O prato principal estava divino, o vinho também, tudo ótimo, mas... saí de lá com uma sensação de que a experiência da sopa poderia ser repetida, afinal.
Logo depois comprei algumas tigelas apropriadas para serem levadas ao forno – e de um tamanho adequado para servir uma porção generosa por pessoa. E fui para a pesquisa de campo. Na internet descobri várias receitas bem semelhantes entre si, o que aumentou a expectativa em atingir algo parecido com o que havia provado e repetido!
Como comprei quatro tigelas e chamamos mais duas cobaias para o experimento! Como já disse, não sei vocês, mas os meus amigos são pra essas coisas! Os ingredientes da sopa, para quatro pessoas, foram:
04 cebolas bem grandes cortadas em rodelas grossas
50g de manteiga
01 ‘fio’ de azeite de oliva
04 colheres rasas de sopa de farinha de trigo
05 xícaras de caldo de carne
01 xícara de vinho branco seco
01 ou 02 pitadas de pimenta-do-reino moída
04 fatias grossas de pão caseiro previamente tostadas (levemente torradas no forno)
350g de queijo Ementhal
Apesar de demorado, é bem fácil de fazer. Dissolve a manteiga no fiozinho de azeite e coloca as rodelas de cebola. Em fogo médio, refoga as cebolas por cerca de meia hora, até ficar bem dourada. Isso, meia hora, mesmo. Falei que era demorado. E tem que dar uma mexidinha de tempo em tempo. Quando estiver bem douradinho, acrescenta a farinha de trigo e mexe por um minuto. Aí coloca o caldo de carne, o vinho e mistura bem. Deixa levantar fervura, baixa o fogo e cozinha por mais uns 20 minutos, ou até dar a consistência de um creme. Aí dá uma conferida, corrige o sal e coloca uma pimentinha moída na hora. A sopa, em si, está pronta. Agora vem a preparação...
Bom, as fatias de pão já foram tostadas, né? Não vai deixar pra fazer isso agora. Também já estão cortadas em cubos?! Então beleza! Serve as sopas nas tigelas, cobre com os cubos de pão, e cobre o pão com o queijo Ementhal e coloca as tigelas no grill do forno, para gratinar. É importante cobrir totalmente o pão com o queijo, viu? Cobre MESMO! Se o pão ficar aparecendo, quando colocar no grill ele vai queimar antes que o queijo esteja gratinado, e vai ficar preto. Aí não é legal.
Quando o queijo estiver bem dourado, bonito mesmo, tá pronto. Leva pra mesa, avisa o pessoal que a tigela tá quente, e deixa a turma se divertir!
De bobeira, sem nenhuma obrigação de bater ponto nos lugares turísticos, optei por uma circulada despretensiosa pelos arredores do meu hotel, mesmo. Até porque estava muito bem localizado, poucas quadras a norte do Museu do Louvre. Um friozinho de outubro – equivalente a um dia de inverno, aqui – indicava uns 10ºC nos termômetros, mas o sol caprichava em deixar o dia agradável. Escolhi um bistrô pelo critério do “quanto mais aprazível, melhor”. Até porque não esperava que algum deles fosse me decepcionar pela comida.
Depois de achar um cantinho charmoso e agradável, pedi uma jarrinha de 500ml de um tinto leve ‘nacional’ – que nem lembro mais qual era, pois não conheço nada de vinho francês – e uma sopa de cebola. Afinal, o frio lá fora convidava para uma sopinha, e os preços exorbitantes de quase tudo no cardápio, também. Depois de alguma espera distraída, quando chegou minha sopa, eu percebi que estava em frente a uma obra prima surpreendente: uma tigela tirada do forno completamente coberta de queijo gratinado! Nem dava pra enxergar a sopa. Quando comecei o ‘sacrifício’, ainda tive mais uma grata surpresa: além da espessa cobertura de queijo, um delicioso pão tostado em pedaços era a camada intermediária entre o queijo e a sopa. Que estava DIVINA, lá embaixo, esperando a minha colher desbravá-la destemidamente. Voltei pra casa com aquela experiência viva na memória, esperando repeti-la na próxima feira.
O tempo passou. Em junho desse ano fomos para Gramado para comemorar o aniversário da Tati. O ponto alto da programação foi um jantar no Restaurante La Caceria, especializado em Caças. A Tati já conhecia a casa, mas para mim tudo era novidade. Ela indicou a nossa entrada: “vamos tomar uma sopa de cebola maravilhosa que tem aqui”. Confesso que não me empolguei muito...
Bom, quando veio a sopa, não acreditei! I-DÊN-TI-CA à de Paris! Mesmíssima coisa: o queijo gratinado, a camada de pão tostado, aquela sopa deliciosa no fundo... O prato principal estava divino, o vinho também, tudo ótimo, mas... saí de lá com uma sensação de que a experiência da sopa poderia ser repetida, afinal.
Logo depois comprei algumas tigelas apropriadas para serem levadas ao forno – e de um tamanho adequado para servir uma porção generosa por pessoa. E fui para a pesquisa de campo. Na internet descobri várias receitas bem semelhantes entre si, o que aumentou a expectativa em atingir algo parecido com o que havia provado e repetido!
Como comprei quatro tigelas e chamamos mais duas cobaias para o experimento! Como já disse, não sei vocês, mas os meus amigos são pra essas coisas! Os ingredientes da sopa, para quatro pessoas, foram:
04 cebolas bem grandes cortadas em rodelas grossas
50g de manteiga
01 ‘fio’ de azeite de oliva
04 colheres rasas de sopa de farinha de trigo
05 xícaras de caldo de carne
01 xícara de vinho branco seco
01 ou 02 pitadas de pimenta-do-reino moída
04 fatias grossas de pão caseiro previamente tostadas (levemente torradas no forno)
350g de queijo Ementhal
Apesar de demorado, é bem fácil de fazer. Dissolve a manteiga no fiozinho de azeite e coloca as rodelas de cebola. Em fogo médio, refoga as cebolas por cerca de meia hora, até ficar bem dourada. Isso, meia hora, mesmo. Falei que era demorado. E tem que dar uma mexidinha de tempo em tempo. Quando estiver bem douradinho, acrescenta a farinha de trigo e mexe por um minuto. Aí coloca o caldo de carne, o vinho e mistura bem. Deixa levantar fervura, baixa o fogo e cozinha por mais uns 20 minutos, ou até dar a consistência de um creme. Aí dá uma conferida, corrige o sal e coloca uma pimentinha moída na hora. A sopa, em si, está pronta. Agora vem a preparação...
Bom, as fatias de pão já foram tostadas, né? Não vai deixar pra fazer isso agora. Também já estão cortadas em cubos?! Então beleza! Serve as sopas nas tigelas, cobre com os cubos de pão, e cobre o pão com o queijo Ementhal e coloca as tigelas no grill do forno, para gratinar. É importante cobrir totalmente o pão com o queijo, viu? Cobre MESMO! Se o pão ficar aparecendo, quando colocar no grill ele vai queimar antes que o queijo esteja gratinado, e vai ficar preto. Aí não é legal.
Quando o queijo estiver bem dourado, bonito mesmo, tá pronto. Leva pra mesa, avisa o pessoal que a tigela tá quente, e deixa a turma se divertir!
Fiquei bem satisfeito com o resultado! Tanto que já repeti a dose! Ainda bem que o inverno ainda nos acompanha por mais uns dias!!!!!
10 comentários:
Vai dizer que tem sopa ali dentro?
Fala sério, me lembrou a história do Pedro malazarte e a sopa de pedra! Hehehehhehehehhe
Bota um monte de coisa boa, depois tira a pedra! E ainda chama de sopa de pedra!
Sem mais comentários!
Abraço!
Putz, onde eu tava que não fui a cobaia nessa vez?????
O inverno realmente é show! Né, Juju?
Eu sou um carnívoro, mas essa sopa ficou com uma ótima aparência.
Ela só não deve ser recomendável para quem vai sair com a namorada depois!!!
Sandro, Marcelo etc... Aqui quem fala é a tia Gisa - ou Gisela - irmão do careca Lelo, Sandro! PÔ! Que legal está este show de vida, cores e sabores que esta Confraria está nos presenteando! Qd abro o meu hotmail e vejo que tem novidades de vocês, já fico feliz! E as historinhas que acompanham! Quem sabe pensamos num evento que una vocês com o Umberto, que é um puta (ops, foi mal...) um grande cozinheiro?! Abraços e parabéns!
Tem que experimentar fazer uma com maizena e pão de arroz, eu fiquei louca para provar, já sei que vou aprovar.....hehehe hehehe bjs
Hum... Parece ótima! E o bafão depois, como é que fica?? hehehe
Oi pessoal! Obrigado pelos comentários.
Pasetto, é por aí mesmo! Mas essa sopa fica melhor do que a do Pedro Malazarte, pode apostar!
Caio, eu também sou carnívoro convicto, mas essa sopa fica com esse gostinho no fundo, afinal é feita com caldo de carne.
Tia Gisa, ADOREI o comentário! Pode marcar, sim! Terei o maior prazer em provar a comida do Umberto e reportar aqui no blog!
Mamãe Lisete, já pensei em uma alternativa 'gulten-free' para ti. É por aí mesmo, substitui a farinha de trigo por Maizena e o Pão por um equivalente de arroz ou pão de queijo.
Amandita, o tanto que a cebola cozinha extermina completamente o bafão depois. Não tem bronca! Dá pra namorar à vontade!
Quem se habilita para o Test-Drive??
Sandro, ser cobaia das tuas experiências gastronômicas é uma das melhores funções que adquiri nesses nossos quase oito anos de rica convivência!! Te amo, meu Ratatouille!! Com e sem bafo!!
Inverno é róin. Mas a sopa parece interessante.
Vou me permitir um "auto Test Drive", aqui: ontem repeti a sopa de cebola pela terceira vez.
Foi a primeira vez que não usei a cebola argentina, pois não encontrei no super. Usei a cebola branca, mesmo. Não achei tão bom quanto as outras vezes.
A cebola argentina é menos ácida, se propõe melhor ao prato. A de ontem pesou bem mais.
Beijo.
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